Superman e o anti-hype de James Gunn
Spoilers abaixo sobre Superman
Confesso que eu tinha a ideia desse texto já há algum tempo, mas a sua existência dependia diretamente do novo filme do Superman ser minimamente bom (e claro, do meu site finalmente estar no ar)! Então, se você está aqui, é pressuposto que adorei o longa-metragem, portanto falta explicar o que o hype tem a ver com isso!
De lá para cá #
Em 2018, após James Gunn manifestar-se abertamente contra Donald Trump, um ataque de apoiadores do político expôs publicações antigas em redes sociais do diretor que faziam piadas com temas como estupro, holocausto e pedofilia. O presidente da Disney declarou que “as atitudes e declarações ofensivas encontradas no perfil de James no Twitter são inaceitáveis e vão contra os valores do nosso estúdio, e por isso cortamos nossos laços profissionais com ele”. Mesmos após suas desculpas públicas, a decisão foi mantida:
Minhas palavras de quase uma década atrás foram, na época, tentativas totalmente falhas e infelizes de ser provocativo. Eu me arrependi delas por muitos anos desde então, não apenas porque foram estúpidas, nada engraçadas, extremamente insensíveis e certamente não provocativas como eu esperava, mas também porque não refletem a pessoa que sou hoje ou já sou há algum tempo. Independentemente de quanto tempo tenha passado, eu entendo e aceito as decisões profissionais tomadas hoje. Mesmo depois de tantos anos, assumo total responsabilidade pela forma como me comportei naquela época. Tudo o que posso fazer agora, além de oferecer meu sincero e profundo arrependimento, é ser o melhor ser humano possível: acolhedor, compreensivo, comprometido com a igualdade e muito mais cuidadoso com minhas declarações públicas e minhas obrigações quanto ao discurso coletivo. A todos dentro da indústria e além, ofereço novamente minhas mais profundas desculpas. Amor a todos.
Gunn admitiu que, naquele momento, pensou que sua carreira tinha acabado, até receber a oferta da DC studios para fazer um filme de qualquer personagem do portfólio do estúdio que quisesse. O próprio Superman foi sugerido pela empresa, mas ele escolheu jogar no seguro e optou por O Esquadrão Suicida (que encontrou sérios problemas por estrear nos cinemas e nas plataformas de streaming simultaneamente enquanto o mundo ainda enfrentava uma pandemia em 2021), ignorando qualquer continuidade com o péssimo Esquadrão Suicida de 2016.
Olha, tem gente lá (na Disney) com quem eu não estou muito feliz, mas certamente não era o pessoal da Marvel, sabe”, explicou Gunn. “Eles me apoiaram totalmente. Louis D’Esposito (copresidente da Marvel Studios) me ligava o tempo todo. Lou e Kevin foram ótimos. Então, definitivamente, não era eles. Mas eu não senti culpa nenhuma. Quer dizer, eu precisava de um emprego! Aceitei um trabalho com pessoas que eu também gosto muito, e foi isso.”

Set de filmagens de O Esquadrão Suicida (2021).
A Marvel Studios voltou atrás e o chamou para encerrar a sua trilogia dos Guardiões da Galáxia, onde também pode escrever e dirigir uma obra mais focada nas conclusões de arcos de seus próprios personagens. Sem nenhuma obrigação de ligação direta com a continuidade do MCU (Universo Cinematográfico Marvel) em uma fase em que cada nova série ou filme parece precisar estabelecer uma promessa ou fazer alguma conexão. Guardiões da Galáxia Vol. 3 foi uma emocionante conclusão para a família de heróis que se tornaram famosos pelas mãos do próprio diretor (também é responsável pela transferência da relevância da equipe para as HQs, que, até hoje não tiveram nenhuma história que chegasse perto da qualidade de qualquer um dos três filmes, mas isso é assunto para outro texto).

Set de filmagens de Guardiões da Galáxia Vol. 3 (2023).
Com a Marvel vivendo uma crise nas produções do MCU após Vingadores: Ultimato e a DC em frangalhos após o definhamento do universo cinematográfico idealizado por Zack Snyder (sem falar das brigas de ego com Dwayne Johnson), em 2022, a Warner tomou uma decisão inteligente (artística e comercialmente) ao contratar Gunn para ser CEO da DC Studios (em conjunto com o executivo Peter Safra).
Deuses e Monstros #
No início de 2023, Gunn anunciou em vídeo o plano para o novo universo conectado entre filmes e séries do DC Studios. Intitulada “Deuses e Monstros”, essa nova fase conta com maior consistência e conexão entre filmes e séries, somado à algumas produções isoladas ambientadas, classificadas como “elseworlds” (Coringa: Delírio à Dois, Batman de Matt Reeves e Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas).
Esse anúncio marca o início da abordagem diferente de divulgação de filmes de super-heróis. Principalmente em comparação ao método MCU que consiste em apresentar, em alguma Comic Con ou evento para executivos, um slide com uma linha do tempo indicando vários títulos de produções, sem qualquer explicação adicional. Mas por que? Para que isso sirva de conteúdo para vídeos nas redes sociais teorizando sobre aquela imagem. Quais seriam as ligações entre os filmes? Como cada um deles seria parte integrante de uma “complexa” preparação para novo evento tal qual foi Vingadores: Ultimato?
Gunn escolheu deixar tudo às claras, compartilhando o pitch dos projetos, não apenas títulos, em uma estratégia que vai de encontro ao marketing convencional de “entregar conteúdo” aos poucos com o intuito de sempre fomentar discussão e especulação.
A transparência continuou sendo a essência dessa abordagem. Gunn utilizou nesses últimos anos o seu perfil em plataformas digitais, não só para comunicar as novidades, mas para compartilhar sua empolgação (genuína ou não, vide elogios ao último filme do Flash) com as produções da DC e com os colegas de trabalho (como sempre, incluindo seus atores chaveirinhos, que neste caso são Michael Rooker, Stephen Blackehart, Nathan Fillion, Mikaela Hoover e, claro, seu irmão Sean Gunn).
Ao invés de se afastar das redes sociais como resposta às polêmicas que o fizeram ser demitido em 2018, Gunn dobrou a aposta e vinculou ainda mais seus projetos à sua imagem, aparentemente, por ser a forma mais autêntica (ou natural) para ele:
ENTERTAINMENT WEEKLY: Você é um dos pouquíssimos cineastas, provavelmente o único em cargo de liderança em um estúdio, que é tão ativo nas redes sociais. Quando você decidiu ter esse tipo de comunicação direta com os fãs da DC?
JAMES GUNN: Acho que isso aconteceu de forma natural. Na verdade, sou muito, muito menos ativo do que já fui nas redes sociais, principalmente porque estou ocupado, mas também porque simplesmente passou da conta. Eu estou nas redes sociais desde o MySpace e sempre tive muita interação online com fãs desde aquela época.
Eu sou de Manchester, Missouri. Não conhecia ninguém em Hollywood. Aqueles poucos momentos quando eu era jovem e pude interagir com alguém que fazia parte daquilo, que eu via como o mundo mágico, distante e inalcançável de Hollywood, ou da indústria do entretenimento em geral, significaram muito para mim. Seja um DJ local, ou o Joe Strummer, que conheci quando era criança, ou o Pierce Brosnan, que também conheci na infância. Sempre quis retribuir isso da mesma forma, entendendo que essas pessoas que compram ingressos para meus filmes, fazem fan arts e tudo mais são apenas pessoas e tratá-las com o respeito que todo ser humano merece, criando esse tipo de respeito mútuo com os fãs que eles merecem.
Uma das formas encontradas para respeitar o público foi ser ativamente contra a cultura de rumores que move as redes sociais. Um problema que é reflexo da falta de responsabilização das plataformas quanto ao conteúdo, sendo, inclusive, incentivada a criação de “conteúdo” com títulos click bait, falsas polêmicas ou vazamentos forjados em busca de mais cliques e visualizações.
Eu brinco com meus colegas que parte do meu trabalho hoje em dia é desmentir muitos dos “rumores” que circulam na internet. Eu percebia que, com bastante frequência, acabava rebatendo esses boatos na hora. Mas agora eu simplesmente parei, porque isso acontece o tempo todo. Tem algumas pessoas, especificamente, com um público grande, que vivem espalhando histórias falsas, uma atrás da outra, toda hora. Talvez uma vez a cada vinte eles acertem algo que faça algum sentido. E isso já cansou. Não tenho certeza se, ao desmentir, não estou ajudando essas pessoas de alguma forma, porque acabo dando engajamento pra elas (o que sempre acontece), e acho que elas gostam disso. Então eu simplesmente desisti. Mas, de vez em quando, surge um boato que se espalha rápido demais e tem potencial de magoar alguém. Por exemplo, se estamos conversando com um diretor sobre um projeto e, do nada, sai uma notícia dizendo que outro diretor, que não tem nada a ver com o assunto, está envolvido, a gente precisa cortar isso na hora, porque é mentira. O mesmo vale para atores ou qualquer outra pessoa. Então, se há sentimentos em jogo e algo está saindo do controle, eu decido intervir.
Para conseguir essa confiabilidade do público, Gunn buscou manter uma postura sincera quanto ao andamento de projetos e de decisões criativas. Exemplo disso foram os depoimentos sobre a possível inclusão do Batman do diretor Matt Reeves no universo principal (a situação atual é que ele será mantido no “Elseworlds”). Houve também a adição do filme do Homem de Barro (vilão de Batman), escrito e proposto por Mike Flanagan, ao planejamento da fase um, demonstrando que a DC Studios está aberta à novas ideias, sem receio de alterar seu curso para incluir produções que sejam artisticamente interessantes.

Publicação do Instagram de James Gunn (2024).
Ele também tentou manter controle da narrativa ao publicar uma foto com Zack Snyder, responsável pela sequência desastrosa de longa-metragens iniciada em Homem de Aço em 2013. Mesmo com os snyderzetes (turba tóxica fã do diretor) como principais ofensores à sua atuação, a resposta de Gunn foi tentar manter a harmonia (no mínimo profissional, pois artisticamente seu Superman é o exato oposto ao de Snyder).

Publicação do Instagram de James Gunn (2025).
Outra polêmica que nunca deixou de rodear as adaptações cinematográficas é o reconhecimento (monetário e autoral) de quadrinistas quanto à transposição de suas criações, sejam personagens, visuais ou enredos, dos quadrinhos para as telas.
A DC possui um contrato padrão interno [...] garantindo pagamentos aos criadores quando seus personagens são utilizados. Os contratos da Marvel são similares, de acordo com duas fontes familiarizadas com o processo, porém são mais difíceis de encontrar; alguns criadores da Marvel nem sabiam que eles existiam. [...] Segundo múltiplas fontes, quando o trabalho de um roteirista ou artista tem destaque em um filme da Marvel, a prática da empresa é enviar ao criador um convite para a premiere e um cheque de US$ 5 mil (cerca de R$ 25 mil). Três fontes diferentes confirmaram esse valor [..]. Não há obrigação de comparecer à premiere nem de usar os US$ 5 mil para viagem ou hospedagem; as fontes descreveram isso como um reconhecimento tácito de que uma compensação era devida.
Até onde se sabe, os contratos com a DC são melhores que os da Marvel. O próprio Jim Starlin contou que recebeu mais pela aparição de KGBesta (alguém lembra dele?) em Batman v Superman do que por Thanos, Gamora e Drax juntos no filmes do MCU até 2017 (o roteirista Len Wein deu uma declaração semelhante em 2013 sobre como seus royalties pelo personagem Lucius Fox são superiores ao de Wolverine). Talvez justamente por isso, não se encontre no marketing da Marvel menções aos quadrinistas responsáveis pelas histórias e sagas que estão sendo adaptadas (o que poderia ser qualificado como prova em um possível processo por direitos).
De certa forma, a estratégia da DC foi em direção contrária e, no mínimo, mais amigável. No vídeo de anúncio de 2022, Gunn mostra imagens e também cita as histórias em quadrinhos que serviriam como base para os novos filmes e séries (como Superman: Grandes Astros e o arco do Batman e Robin de Grant Morrison, SuperGirl: Mulher do Amanhã de Tom King e Bilquis Evely etc). Enquanto Jim Starlin precisou pagar seu ingresso para assistir Vingadores: Guerra Infinita (protagonizado pela sua criação Thanos), a DC convidou vários quadrinistas que já passaram pelo título do Superman para visitar o set de filmagens.

Publicação do Instagram de James Gunn (2024).
Ainda assim, para se manter fiel a essa abordagem, ainda caberia à DC se diferenciar da Marvel no aspecto mais crítico para a saturação dos filmes de super-heróis: o prolongamento do hype. Basicamente quando um título da Marvel lança, o assunto logo deixa de ser o filme ou série em si, mas as pontas soltas e prévias que são deixadas para o futuro do universo, ou então a cena pós-crédito que faz ligação para a próxima produção, ou quem sabe uma aparição surpresa! O objetivo é incentivar o fã a “consumir” rapidamente a obra, gerar um medo de receber spoilers pelas (veja só!) redes sociais e poder participar das novas discussões sobre continuidade do MCU.
De que forma um filme tão importante como Superman poderia fugir disso?
Superman: Legacy #
Na concorrente, o próprio Gunn já havia entregue um filme repleto dessas inserções de fan service barato, já que Guardiões da Galáxia Vol. 2 possui 5 cenas pós-créditos, algumas com prévias de possíveis novas tramas a serem exploradas futuramente como Kraglin com a flecha de Yondu, o casulo de Adam Warlock e os Guardiões da Galáxia originais (liderados por Sylvester Stallone).
E vale comentar que a série animada Comando das Criaturas já havia evitado essa armadilha, pois apesar de mostrar as silhuetas de Superman, Batman e Mulher-Maravilha, isso acontece como parte essencial à trama construída nos episódios e não como teaser para algo que está por vir.
Felizmente o Superman de 2025 (que não carrega mais o subtítulo Legacy com o qual havia sido anunciado) não cai nesse tipo de trope recente de filmes de hominho.
O elefante na sala é a presença da Gangue da Justiça, apresentada no longa, sob o constante protesto quanto a oficialidade desta alcunha. Embora o público saiba que é uma prévia à Liga da Justiça, o filme não acaba com o Superman entrando para o time, ou com uma cena pós-créditos deles mudando o nome do grupo. Caso alguma dessas situações ocorresse, a conversa do público não seria sobre o enredo, e sim para uma expectativa do que isso significa para um possível filme da Liga ainda não anunciado. O oposto ocorreu esse ano com _Thunderbolts_*, que fez uma campanha de marketing póstuma revelando a reviravolta do filme com a equipe tornando-se os Novos Vingadores. Toda a discussão deixou de ser sobre o filme e passou para a especulação do que isso significaria para a continuidade do MCU e como isso se relacionaria com o vindouro Vingadores: O Juízo Final.

A Gangue da Justiça (Superman, 2025).
Também ocorreu a primeira aparição de Supergirl, uma surpresa que serviu como complemento à trama do adorável super-cachorro Krypto, mas sem a inserção de um gancho para um novo conflito que ficaria em aberto. Não há novidade aqui, é público que seu filme já está em produção e que Milly Alcock era a atriz escalada (assim como Jason Momoa no papel de Lobo). Para ilustrar, em comparação com o que a Marvel faz, lembremos do final de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, com uma cena pós-crédito com a chegada da maga Clea, interpretada por Charlize Theron, chamando Stephen Strange para uma nova aventura. Tanto a personagem como a atriz não haviam sido anunciados à época e até hoje não se tem nenhuma notícia de uma possível série ou filme em que ela poderia aparecer novamente. Da mesma forma, outros filmes da Marvel (As Marvels, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania) e da antiga DC (Adão Negro, Liga da Justiça), também tinham cenas pós-créditos focadas em hype ou fan service que nunca levaram à nada além de teorias e especulações.

Krypto levando bronca (Superman, 2025).
Superman de 2025 não tem Batman ou Mulher-Maravilha, nada que possa tirar o foco do protagonista. Sua conexão com o novo universo se dá, em grande parte, pela participação ínfima de Rick Flag Sr. (apresentado em Comando das Criaturas) com a função de estabelecer um contexto político a esse mundo que já é permeado pela atuação de super-seres há séculos.
Como resultado, o hype criado para o filme basta nele próprio, não há muito o que se especular sobre o universo DC que o próprio Gunn já não tenha anunciado. O marketing ficou restrito às redes sociais, não inserido nas cenas pós-créditos. Se há alguma expectativa para produções futuras, é que mantenham a mesma qualidade alcançada aqui.
O Superman de 1978 fez as pessoas acreditarem que um homem poderia voar. O Superman de 2025 busca fazer as pessoas acreditarem que não há nada mais rebelde, heroico e punk do que ser bondoso. Gunn entregou um filme com uma mensagem, não com várias promessas.

Nunca um elenco foi tão acertado.
Referências Bibliográficas #
- Matéria “Thanos Creator Was Paid More for ‘Batman v. Superman’ Than All Marvel Movies Combined” de Graeme McMillan no Hollywood Reporter (2017).
- Matéria “Marvel and DC’s “Shut-Up Money”: Comic Creators Go Public Over Pay” do de Aaron Couch no Hollywood Reporter (2017).
- Matéria “Marvel and DC face backlash over pay: ‘They sent a thank you note and $5,000 – the movie made $1bn’” de Sam Thielman no The Guardian (2021).
- Matéria “Disney fires Guardians of the Galaxy franchise director after offensive tweets" de Benjamin Lee no The Guardian (2018).
- Matéria “DC’s Man of Tomorrow: James Gunn on Superman, Gods and Monsters, and what’s next)” de Nick Romano no Entertainment Weekly (2025).
- Matéria “James Gunn Reveals How His Rescue Dog Inspired the Hero Canine Krypto in Superman” de Kelli Bender na People .
- Matéria “James Gunn “Didn’t Feel Guilt At All” Leaving MCU To Direct For DC” de Glenn Garner no Deadline.
- Matéria “‘Guardians Of The Galaxy’ Director James Gunn Breaks Silence On High-Profile Disney Firing, & What He Learned From The Career Crisis That Followed — Deadline Disruptors” de Mike Feming Jr. no Deadline.
- Filme Superman (2025) dirigido por James Gunn.
- Filme Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017) dirigido por James Gunn.
- Filme O Esquadrão Suicida (2021) dirigido por James Gunn.
- Filme Vingadores: Guerra Infinita (2018) dirigido por Anthony Russo e Joe Russo.
- Filme Vingadores: Ultimato (2019) dirigido por Joe Russo e Anthony Russo.
- Filme Doutor Estranho: Multiverso da Loucura (2022) dirigido por Sam Raimi.
- Filme Homem-formiga e a Vespa: Quantumania (2023) dirigido por Peyton Reed.
- Filme As Marvels (2023) dirigido por Nia DaCosta.
- Filme Thunderbolts* (2025) dirigido por Jake Schreier.
- Filme Homem de Aço (2013) Dirigido por Zack Snyder.
- Filme Esquadrão Suicida (2016) Dirigido por David Ayer.
- Filme Liga da Justiça (2017) Dirigido por Zack Snyder.
- Filme Adão Negro (2022) Dirigido por Jaume Collet-Serra.